domingo, 10 de junho de 2012

Uma noite... fria.

Experiências de quase morte. Curioso como superestimam sua concreticidade. Talvez, penso eu, mais importante que de fato quase morrer em carne, seja quase morrer em mente, sentir medo, perceber de fato quão frágil é a vida.

Não vejo valor em quase morrer por fora e não renascer por dentro.

Foi lá, tremendo, que percebi o que ainda não havia morrido em mim. Me esquentou o suficiente para não desistir de ficar acordado. Precisava não dormir, virar a noite para tomar aquele café da manhã.

Não tomei.

Para minha felicidade, porém, ainda sou o homem mais sortudo do mundo (segundo fontes que muito estimo), troquei o café pelo cafuné. Num abraço pude contar o quão vivo estava... tudo aquilo.

No olhar um tanto desconfortável, a certeza de que não me importa, de fato. Nada disso muda o fato de que está... digo, que estou vivo.

Não teme dizer aquilo que já sei... ou desvia o olhar pra não sentir o calor do meu. Não nutre o hábito de não me tocar pelo que se pode nascer em mim, pois o que se fez vivo em nós descansa agora, e é preciso mais que isso pra mutar agradável calor em febre.

Vive o que se faz presente, sem medo do futuro, sem matar o passado. Vive o que se fez, pesado, recebe o que te dou, em frente.


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