quarta-feira, 10 de agosto de 2011

2:40am

Cala-te. Não consigo esboçar tua beleza enquanto pronuncias o verbo de teu "nosso amor".

É o lápis que encosta, para e recua. A folha provocada por tão sutil e fugaz parceiro. Companheiros tão confusos quanto eu em meu jogo de amar-te "no retrato", tal qual Pessoa.

Para o carvão em mãos, pois a ausência de tua ausência destrói o encanto da tua imagem, cuja gênese ao papel agora se priva.

Pisco,
e te perco por um segundo.
E me perdes para sempre.
E te perdes por um segundo.
E me perco para sempre.

Rascunho detalhado, presença que se faz ausente.
Amor não concretizado, aurora que se faz poente.

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